Data: quinta-feira - 14 de março de 2013
Horário: 19h30m.
Local: Livraria Queima Bucha no centro de convivência da UFERSA
No dia da poesia quinta-feira (14 de março de 2013) aconteceu na livraria Queima Bucha no centro de convivência da UFERSA às 19h30 o lançamento do livro "A Música e o Sertão Absoluto: a experiência no cancioneiro de Elomar Figueira Mello" de autoria do professor da UERN Julio Francisco Dantas de Rezende.
A música do violonista de Vitória da Conquista, Elomar Figueira Mello é um exemplo de uma expressão cultural que bebe das experiências de observação do sertão. Sua lida com bodes e cabras; o observar da alvorada serve de elemento de inspiração à sua música. Assim como ele, são muitos os músicos, poetas, pintores, artesãos que têm na natureza a alegoria para cantar, escrever e pintar uma interpretação deste mundo natural.
Em um tempo de seca no Nordeste ainda são maiores os questionamentos do homem do sertão sobre sua sina e os mitérios de Deus. A música de Elomar consegue traduzir isso: esse diálogo do homem com o ambiente, com o cosmo.
O livro do professor Julio Rezende identifica na música de Elomar Figueira Mello alegorias para se refletir sobre o humanismo; sobre a trajetória do sertanejo no tempo atual e sua auto-reflexão.
No livro o escritor procura resgatar a história de Elomar, suas escolhas, seu voto de comprometimento com a música que capta a alma do sertão. Narra no livro sua jornada pessoal ao escutar as composições; sobre como elas atiçam a imaginação fazendo lembrar o sertão como um lugar de integração do indivíduo com o meio ambiente, com o universo, com Deus. Narra ainda sua viagem à Vitória da Conquista, o encontro com Elomar e a geografia física e humana do sudoeste bahiano, o sertão de Elomar.
Eis o comentário do escritor David Leite sobre o livro "A Música e o Sertão Absoluto" de Julio Rezende:
O livro de Júlio Rezende traz em seu âmago o mérito de alargar nossa percepção sobre a rica e vasta produção de Elomar Figueira Mello. É como se ele, Júlio, na condição de professor, apresentasse didaticamente, diversos ângulos que o conjunto da obra suscita. No entanto, Júlio adverte, logo de partida, que seu trabalho não se propõe a uma análise de cunho científico, mas sim, “um relato de uma experiência em contato com a música”, que o fez admirador da capacidade do compositor em explicar o que seja o sertão, esmiuçando o espectro do imaginário coletivo que paira sobre a caatinga, como se fora nuvens carregadas de um inverno sempre esperado. (David de Medeiros Leite - Professor da UERN).
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