Natal possui uma grande identidade com a área aeroespacial.
Comemoramos no dia de hoje, 28 de maio, 90 anos do vôo do Zeppelin nos céus de Natal. Pousou no largo do Teatro Alberto Maranhão. O dirigível havia passado na cidade de Recife e Rio de Janeiro dias antes.
Naquele dia de 1930, o dirigível realizou um movimento circular durante doze minutos, com várias evoluções nos céus da cidade. Tratou-se de uma homenagem ao inventor, político e empreendedor Augusto Severo, o primeiro aeronauta potiguar.
Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (1864-1902) foi um dos pioneiros mundiais no desenvolvimento dos dirigíveis. Em 1902, Augusto Severo construiu um dirigível com 31 metros de comprimento impulsionado por dois motores, de 16 e 24 CVs. O teste do dirigível PAX ocorreu em 12 de maio de 1902, resultando em acidente mortal para Augusto Severo e o mecânico Georges Saché. Seu esforço foi importante para o amadurecimento da tecnologia dos dirigíveis, assim como a escrita da história aeroespacial.
Naquele 28 de maio, no largo da Ribeira, o Zeppelin pairou próximo à estátua de Augusto Severo e deixou cair um ramalhete de flores naturais, com a seguinte frase: “Homenagem da Alemanha ao Brasil, na pessoa de seu filho Augusto Severo”.
O Graf Zeppelin foi um veículo fabricado da empresa Luftschiffban Zeppelin G.M.B.H. e serviu a uma linha permanente de transporte de passageiros entre a Europa e América do Sul através da companhia Lufthansa.
Voltando à 1930, imagino como aquele equipamento desafiando o céu e a gravidade, atiçou a imaginação dos natalenses, apresentando-se como algo do futuro que se chega ao presente.
Vê-se nesse breve relato a importância de se valorizar a história e imaginar como esses exemplos inovadores podem ser úteis para construir uma visão desafiadora. Hoje o nome de Augusto Severo é lembrado ao dar nome ao Parque Tecnológico do RN a funcionar em área da UFRN na cidade de Macaíba. Que a história e a inovação nos ajudem a pensar novos futuros.
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