É necessário a leitura, pois estamos perdendo uma
capacidade de imergir e adentrar na fantasia proposta por um livro de literatura.
Assim, tolhe-se a imaginação, degeneram-se os processos criativos e desenvolvemos
uma superficialização da experiência humana prejudicando qualquer processo
transcendente, de imaginar uma realidade que transcenda o presente.
Temos substituído atos de leitura mais imersivos por
experiências mais superficiais como o Twitter e o Facebook. Vivemos assim um
excesso de presente, um apego ao hoje, ao materialismo, ao consumo de roupas,
alimentos, carros, desnecessidades, iPads, não para ler e-Books, mas para
atualizar os perfis nas redes sociais.
Como não se conhece o passado não se tem informação da
experiência de outras pessoas, com as quais poderíamos aprender a termos uma
vida melhor.
Como não há um exercício de imaginar o futuro, apenas
consome-se, engorda-se sem qualquer preocupação com o amanhã. Puro materialismo
e hedonismo. Tornamo-nos seres superficiais condenados à armadilha do presente.
Ao perdemos nossa capacidade de pensar o futuro, o que nos resta então é a
barbarie e a violência, pois não há esperança, não há a capacidade de imaginar
um futuro diferente. Assim, vibrando nessa energia esperamos o fim do mundo nos pequenos
ecrãs dos iPhones, quando o Twitter comunicará: Fim!
Que falta um livro nos faz! Que sociedade mais humana maravilhosa
e transformada podemos ter quando cultivamos o hábito da leitura! Os livros
reservam ensinamentos e experiências e proporcionam a conscientização e a construção
de valores humanos. Somente assim será possível se edificar uma sociedade mais
humana, menos violenta e repleta de oportunidades. Somente a partir da leitura
há possibilidade de se ter esperança.
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