quarta-feira, abril 25, 2012
terça-feira, abril 17, 2012
Economia criativa, copa do mundo e ambiente institucional (por Julio Rezende)
Economia
criativa, copa do mundo e ambiente institucional
Julio Francisco Dantas de Rezende
Meu
sentimento é de a Copa do Mundo, pelo menos em Natal, concentrar seu poder na
geração de renda mais durante os dias de realização do torneio esportivo ao
invés de um espaço de tempo mais prolongado. Entendo que empregos e
investimentos já estão sendo gerados a partir da construção do Arena das Dunas,
mas poderia ser mais.
A
copa do mundo só trará benefícios sustentáveis caso compartilhe riqueza e
oportunidades. Nesse sentido, é necessário um esforço de imaginar como os
recursos aportados via a atividade turística podem gerar oportunidades de
negócio para pequenos empreendedores.
Os
governos em suas várias esferas não estão conseguindo proporcionar um ambiente
institucional favorável à criação de novos negócios. Isso significa que não
está exitindo condições institucionais suficientes a grandes empreendedores
realizarem aportes de recursos mais vultuosos. A explicação decorreria de
atrasos na construção dos estágios, a burocracia que emperra a velocidade não
só do próprio Estado, mas de seus parceiros de negócio na iniciativa privada. Em
Natal o que está a ocorrer são investimentos e dinâmicas econômicas colaterais
relacionadas ao processo de construção do estádio Arena das Dunas.
Também
não há um Plano de Desenvolvimento Econômico que pulverize e distribua os
benefícios relacionados à criação de uma dinâmica de desenvolvimento que
integre e fomente a geração de negócios tanto para grandes investidores, quanto
para pequenos empreendedores.
Desse
modo, nota-se grandes desafios e é nesse sentido que se justifica esse texto,
com o propósito de apresentar orientações que contemplem o compartilhamento de
orientações ao desenvolvimento econômico relacionado à realização dos jogos da
Copa do Mundo de 2014 em Natal.
Propor-se-ia
então a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Econômico Natal 2014 que
envolvesse uma atenção especial à economia criativa.
A
economia criativa envolve atividades como turismo, arquitetura, decoração, moda,
software, atividades culturais (arte, música, cinema, teatro), folclore,
artesanato, bijouterias, bares, restautantes, comida regional, arte, design,
tecnologias de um modo geral.
As
atividades inseridas no contexto da economia criativa não se tratam apenas de
grandes empresas, envolvem em sua maioria pequenos empreendimentos e
empreendedores.
É
necessário que o Governo estimule o desenvolvimento de novos negócios inseridos
no contexto da economia criativa. Alguns delineamentos são, não necessariamente
nessa ordem: 1) desenvolvimento de ações de capacitação empreendedora. O
SEBRAE-RN pode ser um importante parceiro.
2) criação de incubadoras de empresas e outros mecanismos de apoio a
empreendimentos inseridos na economia criativa. 3) criação de programas
especiais de consultoria ao pequeno empreendedor da economia cultural. 4) criar
canais de comunicação e distribuição para os produtos desenvolvidos no contexto
da economia criativa. 5) estimular o associativismo do empreendedores da economia
criativa e a troca de experiência entre eles. 6) estimular o aprendizado do
inglês e do espanhol por parte dos empreendedores a partir da oferta de cursos
de língua. 7) lançar editais de fomento de empreendimentos da economia
cultural. 8) disponibilização de linhas especiais de financiamento,
principalmente direcionadas a oferta de capital de giro, tendo em vista ser
esse tipo de capital o de maior necessidade ao desenvolvimento de produtos a
serem ofertados no contexto da economia criativa.
A
Copa do Mundo, no estímulo de atividades culturais, de lazer e entretenimento,
deve imaginar uma agenda cultural para o
período de realização da Copa do Mundo. Os governos devem estar preparados para
lançar editais de fomento e financiamento que favoreçam a operacionalização de
diversas atividades de interesse econômico e social relativos ao torneio
esportivo.
É
necessário que os empreendedores desenvolvam uma capacidade de monitorar o
lançamento de editais de apoio às atividades relacionadas à economia criativa elaborando
projetos que venham a ser submetidos à órgãos de fomento e sejam aprovados.
Finalmente,
e não menos importante, é pertinente que se realize um estudo sobre nossos
símbolos e valores culturais de modo a resgatá-los enquanto um elemento de
diferenciação em um cenário de globalização. É a compreensão desses símbolos
que será fonte de influência do design, à realização de releituras e aplicação
ao desenvolvimento de novos produtos de modo, alimentação, entre outras
atividades.
Pequenos
empreendedores inseridos no contexto da economia cultural, no momento de
realização da Copa do Mundo precisam estar preparados para ofertar seus
produtos.
quarta-feira, abril 11, 2012
Pelo menos quatro documentos devem ser oficializados na Rio+20
A Rio+20 se aproxima e os seus desdobramentos já estão sendo discutidos. O objetivo é que os debates sobre desenvolvimento sustentável gerem relatórios de atuação e possam influenciar na prática ambiental. São eles:
Declaração Final dos Chefes de Estado: uma carta oficial de compromissos dos países com o Desenvolvimento Sustentável;
Recomendações da Sociedade Civil: principais temas apontados pelos representantes de ONGs e movimentos de todo o planeta e que serão entregues aos chefes de Estado;
Plataforma de Compromissos: ações que possam ser assumidas por governos, setor privado e outros agentes da sociedade, com o objetivo de fazer cumprir os compromissos assumidos na carta oficial; e
Processos Nacionais: lista específica de intenções e metas de desenvolvimento sustentável apresentada por cada país para serem implantadas em âmbito nacional.
A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável acontecerá de 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro e a expectativa é que tenha a presença de cerca de 80 chefes de Estado e representantes de 170 países. O tema da conferência é “Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza”. No dia 22 de junho, a conferência será encerrada com a leitura do documento final.
Fonte: http://www.agenda21comperj.com.br/noticias/pelo-menos-quatro-documentos-devem-ser-oficializados-na-rio20
Declaração Final dos Chefes de Estado: uma carta oficial de compromissos dos países com o Desenvolvimento Sustentável;
Recomendações da Sociedade Civil: principais temas apontados pelos representantes de ONGs e movimentos de todo o planeta e que serão entregues aos chefes de Estado;
Plataforma de Compromissos: ações que possam ser assumidas por governos, setor privado e outros agentes da sociedade, com o objetivo de fazer cumprir os compromissos assumidos na carta oficial; e
Processos Nacionais: lista específica de intenções e metas de desenvolvimento sustentável apresentada por cada país para serem implantadas em âmbito nacional.
A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável acontecerá de 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro e a expectativa é que tenha a presença de cerca de 80 chefes de Estado e representantes de 170 países. O tema da conferência é “Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza”. No dia 22 de junho, a conferência será encerrada com a leitura do documento final.
Fonte: http://www.agenda21comperj.com.br/noticias/pelo-menos-quatro-documentos-devem-ser-oficializados-na-rio20
segunda-feira, abril 09, 2012
terça-feira, abril 03, 2012
É necessário a leitura (artigo de Julio Rezende)
É necessário a leitura, pois estamos perdendo uma
capacidade de imergir e adentrar na fantasia proposta por um livro de literatura.
Assim, tolhe-se a imaginação, degeneram-se os processos criativos e desenvolvemos
uma superficialização da experiência humana prejudicando qualquer processo
transcendente, de imaginar uma realidade que transcenda o presente.
Temos substituído atos de leitura mais imersivos por
experiências mais superficiais como o Twitter e o Facebook. Vivemos assim um
excesso de presente, um apego ao hoje, ao materialismo, ao consumo de roupas,
alimentos, carros, desnecessidades, iPads, não para ler e-Books, mas para
atualizar os perfis nas redes sociais.
Como não se conhece o passado não se tem informação da
experiência de outras pessoas, com as quais poderíamos aprender a termos uma
vida melhor.
Como não há um exercício de imaginar o futuro, apenas
consome-se, engorda-se sem qualquer preocupação com o amanhã. Puro materialismo
e hedonismo. Tornamo-nos seres superficiais condenados à armadilha do presente.
Ao perdemos nossa capacidade de pensar o futuro, o que nos resta então é a
barbarie e a violência, pois não há esperança, não há a capacidade de imaginar
um futuro diferente. Assim, vibrando nessa energia esperamos o fim do mundo nos pequenos
ecrãs dos iPhones, quando o Twitter comunicará: Fim!
Que falta um livro nos faz! Que sociedade mais humana maravilhosa
e transformada podemos ter quando cultivamos o hábito da leitura! Os livros
reservam ensinamentos e experiências e proporcionam a conscientização e a construção
de valores humanos. Somente assim será possível se edificar uma sociedade mais
humana, menos violenta e repleta de oportunidades. Somente a partir da leitura
há possibilidade de se ter esperança.
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